22 de maio de 2011

"Nada é por acaso"


Eu realmente acredito que tudo acontece por um motivo. Nos decepcionamos com pessoas especiais, para aprendermos com quem realmente podemos contar, para deixar que entrem pessoas novas em nossas vidas, para viver mais, compartilhar mais, e selecionar mais.
Não adianta lutar contra o destino, fazer as coisas acontecerem do jeito que desejamos. Ainda mais quando há mais uma pessoa na história. Quando tudo não depende só de você. E na maioria das vezes é assim, as coisas não dependem somente de nós.
Nada vai acontecer de acordo com a sua opinião, de acordo com a maneira que você quer que aconteça. As coisas acontecem como devem ser, e ir contra é perda de tempo.
Os momentos ruins são necessários, as pessoas erradas são necessárias, as decepções são necessárias, até as lágrimas, são incômodas, mas essenciais.
Talvez para percebermos que tudo aquilo que mais queríamos era besteira, talvez para vermos que não era aquilo que nos faria bem, talvez porque no período de decepção aparecesse algo, ou alguém bem melhor em nossas vidas, talvez para que os momentos bons sejam mais valorizados, ou, talvez porque simplesmente ‘foi melhor assim’.

2 de novembro de 2010

Dúvida




Dúvida cruel, sempre. É cruel, pois traz consigo a incerteza, o medo, a curiosidade ao extremo, a preocupação, resoluções inúteis pulsando a milhão! A dúvida angustia, enlouquece.
Será que vai dar certo? Será que vai chover? Será que ele vem? Será que eu vou? Será que eu errei? Será que dá pra consertar? Será que dá pra driblar essa tal de dúvida?
Dá pra viver, tentando não se preocupar com o que está para acontecer. É difícil, mas dá. Será que é algo bom? Será que dá pra suportar a dor? Esteja preparado para os dois sempre, para o pior, de preferência. Mas, ainda com a preparação adequada, a vontade de adivinhar o futuro, a famosa dúvida, não vai embora, permanece ali, seja no cérebro ou no coração, marca presença!
A vida não teria graça se soubéssemos de tudo o que está pra vir. O alívio de uma preocupação é prazeroso demais pra ser antecipado por uma certeza. E uma notícia ruim, mesmo já prevista e aceita, dói, machuca, sem a menor sombra de dúvidas! Mas é melhor do que a decepção. Uma vez que, esta não precede de dúvida nenhuma, a verdade vem à tona escancarada sem nenhum pensamento de possibilidades anteriormente.
Então, pensando bem, a dúvida não é necessariamente tão ruim assim. Ela pode nos enlouquecer um pouco, mas compensa, em determinadas situações. O ideal é conseguir com que ela não tome boa parte do nosso tempo, martelando ideias diversas na cabecinha da gente, e fazendo com que percamos concentração com pensamentos desnecessários.

21 de setembro de 2010

Os amigos


Amizade se baseia em afinidade, e tempo. Como diz o ditado, não fazemos amigos, os reconhecemos. Tem que haver química, sintonia. Os grandes amigos, por mais que o tempo passe, e o contato diminua, serão pessoas importantes, que encontraremos um dia por aí, por acaso, e será muito bom. Mesmo com aquelas promessas tolas de adolescente: Tu vai ser a primeira a saber! Vou te ligar na hora! Por mais que muita intimidade tenha sido adquirida, muitas vivências compartilhadas, muitas risadas e horas difíceis, o amigo que vai saber da sua mais nova novidade(pleonasmo, so what?) é o que você está mantendo grande relação naquele momento de sua vida. Aquele que por conta de seus horários, localidade, trabalho, faculdade, curso, whatever, aquele que está em sua rotina, ou aquele que você dá um jeitinho de ver toda semana, é ele que vai ser o primeiro a saber, é pra ele que você vai ligar.
A longa convivência é importante, é gostosa. Aquele amigo de casa, que chega e abre a geladeira, que vai nas viagens familiares, nas datas comemorativas, que já viu suas fotos de bebê tomando banho. É uma das mais significativas das amizades. Estes geralmente são os amigos da escola, mas aí, vem a faculdade, o trabalho, e o contato vai ficando difícil, e se os dois não fizerem sua parte para manter a relação, vai apagando, é fato.
Porém, a variedade de amizades é necessária. É preciso do amigo de encher a cara e fazer muita bobagem, o amigo pra pedir ajuda naquele trabalho, o amigo pra encher o histórico do MSN de bobagens, o amigo pra ir correndo chorar em seus braços, o amigo pra pedir conselhos, amigo pra cuidar, amigo pra ser cuidado, amigo pra xingar, amigo que te xingue, amigo pra dividir segredos, amigo que se deve deixar os segredos bem longe de seu alcance, amigo pra planejar programas, amigo pra ligar aos 45 do segundo tempo: Vamos? VAMOS!, amigo que te enche de bebida e ri, amigo que acompanha a ressaca, que mora longe e permanece presente, que mora perto e some, que te liga sempre, que não liga, mas pensa em você todos os dias, todos amigos, ou seja, todos estão sempre lá. Seja esse lá longe ou perto, corriqueiro ou raro, sempre lá.

21 de agosto de 2010

Intensidade do tempo




Uma noite de festa com boas companhias parece durar cinco minutos, mesmo eu chegando em casa junto com o jornal. Assim como a espera da carona de meia hora parece durar três! “Daqui há dez minutos to aí”. Não é mentira, realmente na cabeça dessa pessoa passaram-se dez minutos, mas na de quem ficou esperando os verdadeiros 15, durou pelo menos uma hora.
Depende de onde e com quem estamos, e claro, de qual é a nossa vontade. A vontade de dormir sempre vem quando estamos na aula da matéria da próxima prova, e não no domingo à noite, quando ficamos rolando na cama, já que, em poucas horas estaremos acordando. Nessas noites o tempo não passa nunca, porém, pra compensar, o intervalo entre nosso sono e o toque do despertador, seja ele qual for, vai parecer ter durado 5 minutos, sempre.
Quanto dura um encontro com aqueles bons amigos? A noite inteira não é suficiente, o assunto nunca termina, e as risadas não cansam de se manifestar. Agora, quanto dura aquele chá de fralda que você é obrigado a ir? Ou aquele aniversário do parente do seu amigo? Que você acidentalmente acabou indo, antes de irem pra balada.
Quanto tempo dura o chá de cadeira do dentista? Quanto tempo você levou pra escrever aquele artigo chato? Aquele sobre aquele livro que demorou mais ainda pra ser terminado. E pra escrever um e-mail contando as novidades, quanto tempo leva?
Aquele curso que você foi obrigado a fazer demorou quanto? E a viagem de fim de ano, quanto tempo levou pra ela chegar? E quando ela finalmente chegou, passou em quanto tempo? Quanto custou pra terminar a aula da sexta-feira à noite? E depois, a festa, durou quanto?
Quantos minutos têm aquela música boa, dançada com uma companhia melhor ainda? E uma música melhor ainda, dançada com uma péssima companhia, quantos?
A intensidade do tempo depende sempre da circunstância, da vontade, da situação, mas principalmente do momento, do seu momento. É o que conta, seja ele muito prazeroso ou quase insuportável, é essencial de alguma maneira.

4 de agosto de 2010

Ódio



É um verbo feio, o qual minha mãe odeia, não gosta quando eu pronuncio “Não precisa falar assim, diga que não gosta e pronto!”. Mas eu odeio tanta coisa, e duvido que você também não. Odeio cabelo mal alisado, que por mais que esteja com 99,9% de umidade relativa do ar, os cachos não são assumidos, fica aquele liso duro, e com ondas na parte superior. Odeio unhas extremamente decoradas. Cheias de frufrus, flores, abelhas, e o escambal. Quando o fundo da decoração é uma cor forte então, passa dos meus limites de ódio.
Odeio os donos de restaurante de olho grande, que socam um bando de mesas, entre as quais nem os garçons conseguem passar, onde ouvimos todas as conversas paralelas que não desejamos, e o pior, não conseguimos nem conversar com as pessoas que nos acompanham. Isso tirando o fato que as bebidas nunca chegam e se chegam vêm trocadas, e estas às vezes recebem o acompanhamento especial da comida que o garçom deixa cair ao servir, devido ao microespaço que lhe é cedido.
Odeio cara feio e velho na balada chegando na gente. Esse tipo de lance só acontece na novela, acorda. Também odeio os piás que em dias chuvosos vão pro shopping vegetar, e ficam encarando e cantando a gente. E por falar em shopping, odeio muuuito frequentá-los aos sábados. Se você quiser ver aqueles coloridos insuportáveis, não tem erro! Aquelas calças coloridas acompanhadas com uma blusa da cor da última combinação cogitada por qualquer ser humano, com aqueles óculos extravagantes e coloridos, os tênis super ultra mega coloridos, e claro, os cortes de cabelo, um pior do que o outro, porém todos iguais.
Odeio aquelas pré-adolescentes que compram tudo que está na moda no momento e vestem tudo de uma vez só. Também odeio quando elas bebem em casa, já que na balada não vendem, e tiram 38023802830 fotos, depois criam um álbum no Orkut exclusivamente para estas. Odeio quando eu perco 5 raros minutos do meu intervalo na fila da lanchonete, e só decidem me atender quando dá o sinal. E não, eu não vou entrar na sala com um mega pão de queijo.
Odeio muita coisa, mesmo. Mas amo muito mais do que isso, e é o que importa. Mas é bom por pra fora às vezes. Vou parando com meus ódios por aqui...
Odeio terminar textos.

28 de julho de 2010

Diário de bordo

Que delícia fugir do frio do RS para o calorzinho da Bahia. Que delícia deixar todos os casacos em casa, catar os biquínis e shorts, ligar o ar condicionado, mergulhar na piscina, passar protetor, caminhar na praia ouvindo música, deixar o cabelo secar sozinho, e pegar uma corzinha, é claro.
Foi uma semaninha muito bem vivida e aproveitada, em outro extremo, presenciando uma cultura totalmente diferente, sem prédio, sem shopping, e pouquíssima tecnologia. Aquelas casinhas coloridinhas pequenininhas que a gente vê nas fotos e pinturas, estão por toda parte, e são uma graça! Artesanato, paisagem, comida boa, e tranquilidade. Impossível ir pra Bahia e não relaxar, IM-POS-SÍ-VEL! Até porque, já digo logo, se queres almoçar às 2h da tarde por lá, encomende seu almoço lá pelas 11, no mínimo! Os baianos são um povo de talento, tá tudo lento, sempre!
Eles estão sempre de boa, sempre tranquilos, sempre simpáticos, mas é um verdadeiro choque cultural. A experiência foi incrível, amei, e quero voltar um dia, mas confesso que a volta para minha rotina agitada, andar de carro, meu chimarrão, meu quarto só pra mim, também foi uma delícia.

3 de julho de 2010

Antipatia seletiva



Considero-me uma pessoa simpática, estou inevitavelmente sempre sorrindo, sou muito carinhosa, todos os meus amigos e conhecidos estão satisfeitos, até onde sei. Mas a minha paciência e meu afeto vão parando por aqui.
Não tenho saco para gastar meu sorriso e minhas palavras com gente que não vou com a cara, ou os desconhecidos que me importunam nas festas. Adoro sair com meus amigos, dançar com eles, com amigos de amigos, sou totalmente sociável. Mas, sempre tem aqueles inconvenientes que chegam com uns comentários nada a ver e cantadas baratas, e eu sou grossa, admito.
Minhas amigas dão aquela risadinha forçada, dançam uma música e se não estão afim mandam passear, gentilmente. Mas eu não, eu já dou o corte logo no oi.O meu esforço máximo é dizer que estou acompanhada, mesmo quando não estou, é claro. Aponto pra qualquer amigo e ai dele se não confirmar!
Poxa, tem muito velho sem noção nas festas, e eu não gasto saliva com isso. Eu, uma menina tão gentil, simpática e divertida haha, mas não tenho paciência! Todos que me conhecem ficam chocados, porque sou mega atenciosa, mas não adianta, é mais forte que eu.
Na academia então... Vou de manhã cedo, todos os dias, exceto nas sextas, (porque sexta é sexta!) Mas, não importa a hora que eu vá dormir, eu VOU acordar com sono e com necessidade de dormir mais, isso é fato. Eu gosto de ir malhar pela manhã, mas me dê 10 minutinhos na esteira, por favor!
Sempre tem uns mega empolgados que parecem beber litros de café antes de ir, não chego a ter inveja, pois são tão irritantes. “Bom diaaaaaaaaaaaaaa! Chegou tarde hoje hein? E o tempo? E os estudos? E o jogo de ontem? Vamo láááá! Aumenta a velocidade disso aí, tem que recuperar o fim de semana! Muita pizza? Aposto que sim! Vê se capricha hein!?” É óbvio que eu não comprimento! Ou dou um oi e saio correndo pra disfarçar.
Mas mais irritante ainda são as pessoas(leia-se mulheres) que devem ter acordado as cinco da matina, porque é impossível estar com o cabelo alisado, lápis, rímel, delineador, base e batom em cinco minutos! Aí quando eu chego estão lá, com todo o preto que antes jazia nos olhos já nas bochechas, a chapinha foi-se embora e a base misturada com o suor. Delícia! Estas têm toda a paciência do mundo para fazer tudo isso àquela hora da manhã, mas pra dar um oi simpático não. Se não demonstra um pouco de vontade ao cumprimentar, faço o teste uma vez e depois nunca mais! No máximo um sorrisinho presunçoso pra não passar de grossa, e ao mesmo tempo não ser extremamente simpática.
Não sei se estou errada ou não, mas acho que gente esnobe e sem noção não merece grande tratamento. Mas ao mesmo tempo, tenho muitos amigos que pensam igual e fazem diferente, ou vice e versa. Anyway, por enquanto, vou continuar com minha antipatia seletiva, porque ser legal com todo mundo não dá!

17 de junho de 2010

Poder de escolha




Ah como eu queria ter poder para tirar e por coisas na minha cabeça. Por todo o conteúdo da prova, tirar todas as preocupações. Por muitos pensamentos positivos, tirar todo o nervosismo. Adicionar esperteza, retirar distração. Acrescentar mais coragem, deletar todos os medos.
Enquanto este poder não me é concebido, vou tentando controlar minha vontade de fazer todas as coisas que não devo, mas que, ah, como quero! E também procuro paciência para passar por todas as quase insuportáveis situações que a vida tem. Tá difícil, mas ninguém nunca disse que seria fácil.
Injustiças irão acontecer, e muitas vezes você não será o culpado, mas sim o prejudicado, inocentemente. E aí, não há controle e nem poder que resolva! Meu coração que o diga! Não perca seu tempo com pensamentos positivos e paciência, isso só o tempo resolve.
Muitas vezes são bobagens que achamos que nunca vão passar, mas passam rápido. É fácil falar, pois não adianta nada, porque quando é você que está sofrendo não há conselho nem consolo que se quer acalme. Pra quem escuta parece ser sempre em vão.
Daqui a um dia já se resolveu. Daqui a uma semana nem será lembrado. Mais tarde já se apagou.
Por falar em tempo, que horas já são?